"Séria" fuga de informação motivou escutas à AP
"É uma das duas ou três fugas [de informação] mais sérias que já vi", afirmou o procurador que assegurou que a mesma "pôs em perigo os cidadãos dos Estados Unidos" e requereu "medidas muito agressivas" de investigação.
A agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) denunciou na segunda-feira, numa carta ao Departamento de Justiça, ter sido alvo de escutas às suas linhas telefónicas pelas autoridades federais durante dois meses.
Uma fuga de informação da administração Obama terá estado na origem da intimação que levou à realização de escutas telefónicas à AP.
O Departamento da Justiça terá obtido os registos telefónicos no âmbito de um mandado judicial para investigar supostas fugas de informação governamental secreta.
Entretanto, Barack Obama já fez hoje saber, através do porta-voz presidencial Jay Carney, que é um "firme defensor da liberdade de imprensa" e que espera mais informação sobre a investigação do Departamento de Justiça ao trabalho da AP.
O presidente "inteirou-se ontem [segunda-feira] das denúncias às ações do Departamento de Justiça em relação à AP", afirmou hoje o porta-voz presidencial durante a sua diária conferência de imprensa.
O porta-voz disse ainda aos jornalistas que "o presidente acredita na liberdade de imprensa, mas também na necessidade de proteger a segurança nacional e evitar a fuga de informação secreta que a possa pôr em causa".